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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Teorias e especulações sobre declaração infeliz da Aline Barros

Em primeiro lugar, temos que perguntar o que a Aline Barros quis dizer com "para nós filhos de Deus não existe quarta feira de cinzas"? Não podemos dizer que ela é responsável pelo que eu vou entender do que ela falou, mas, pelo menos, é responsável pelas possibilidades de significado, ou, sendo mais bondoso, responsável pela interpretação literal do texto que ela escreveu.

Se ela escreveu: "para nós filhos de Deus", então quer dizer que a quarta-feira de cinzas existe para os que não são filhos de Deus. Não estou forçando nenhuma interpretação, mas é uma mera aplicação da tabela verdade:

Para nós, que somos Filhos de Deus, não existe quarta-feira de cinzas.

A negativa disso é:

Para nós, que não somos Filhos de Deus, existe quarta-feira de cinzas.

Se ela vai falar, tem que ter cuidado de traduzir em palavras aquilo que ela pensou e, se realmente obteve êxito em traduzir em palavras o que pensou, então ela pensou que a os Católicos NÃO SÃO FILHOS DE DEUS.

Agora vamos analisar o que está por trás dessa falta de introspecção, pelo menos levantando teses e palpites sobre essa postura.

Quando nos deparamos com a imposição das cinzas, nós nos damos conta de que ao pó retornaremos (Gn 3,19) e que, mesmo em vida, nós somos pó (Gn 18,27), fazendo um sinal concreto de arrependimento e penitência (2Sm 13,19; Jt 4,16; Est 4,1, 1Mc 4,39, Jó 42,6), mas não apenas a imposição sobre a cabeça, mas o ato de sentar-se na cinza também é sinal de penitência (Jn 3,6, Jó 2,8).

Isso é, antes de tudo, se reconhecer pecador, necessitado da graça de Deus e da reconciliação. Não como uma forma de apagar os pecados cometidos na época do carnaval, mas como uma forma de iniciar uma caminhada de conversão, para que, ao final desse período, consigamos, assim como Cristo, vencer as tentações do Inimigo e sermos servidos pelos anjos.

Vamos pensar por um instante. Quem critica o católico pelo fato de pecar no Carnaval e receber as cinzas como um primeiro passo no caminho da conversão, inclusive para que no próximo Carnaval não volte a pecar, parece presumir que o Carnaval seja uma festa católica e que apenas católicos estejam participando da festa.

O fato de não fazer qualquer menção à conversão, ao arrependimento, a uma mudança de postura se parece e em muito com os ensinamentos de Lutero mesmo, que dizia: "pecca fortiter, sed fortius fide et gaude in Christo". Ou seja, na época do Carnaval pecou, pecou fortemente, mas na quarta-feira de Cinzas não vai se arrepender, procurar uma reparação, uma conversão, não, bem melhor "alegrar-se em Cristo", vivendo um cristianismo apenas de "Sua fé te salvou", mas sem "vá e não peques mais".

Não é para aparecer diante de Cristo, na Quarta-feira de Cinzas cheio de alegria, mas com espírito contrito e humilhado, principalmente se você não viveu essa alegria do Evangelho na sua vida durante os dias de folia.

Ato de desrespeito contra a Igreja Católica, que mostra a intolerância desse pessoal com a Verdade, porque quem está acostumado com a escuridão, quando vê a luz se sente incomodado.

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